A importância das mulheres no mercado jurídico

No Dia Internacional da Mulher, reunimos as advogadas do escritório para falar sobre a importância das mulheres no mercado jurídico.

Confira!

“Ser mulher e advogada criminalista é receber cantadas e perceber olhares invasivos nos fóruns e nas delegacias. É escolher a roupa mais fechada, para tentar se proteger de situações violadoras, mas saber que isso não vai fazer diferença. É sentir que duvidam das suas conquistas profissionais, porque pensam que o seu êxito naquela diligência foi porque o escrivão/delegado te achou bonita. É, em algumas vezes, chegar a duvidar de você mesma. Mas é também encher os olhos de lágrimas quando você relembra do abraço da mãe de um jovem inocente que você conseguiu tirar da prisão, por mérito próprio. Ser mulher e advogada criminalista é um desafio, que apesar das dificuldades, eu escolho e me orgulho de enfrentar, todos os dias.”

Marilia Ancona de Faria

“No dia das mulheres, apesar de ser uma data em que relembramos e comemoramos nossas conquistas, também é um dia de reflexão sobre o que ainda precisamos avançar. Uma das discussões mais longínquas da sociedade brasileira, além da diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam a mesma posição nos locais em que trabalham, é a falta de representatividade em cargos públicos e de liderança, mesmo quando integramos mais da metade da população brasileira. Trazendo tal perspectiva também ao mundo jurídico, as mulheres ainda são minoria quando pensamos nas composições dos Tribunais mais relevantes do país. Dos 31 Ministros que atualmente compõe o Superior Tribunal de Justiça, por exemplo, apenas cinco são mulheres. No Supremo Tribunal Federal, corte de mais destaque nos tempos atuais na mídia, o problema se agrava: apenas uma mulher compõe os quadros da maior instância do poder judiciário. A falta de representatividade da mulher em tais cargos, para além dos efeitos sociais, também revela – nas palavras da ex-Min. Rosa Weber – um “déficit na democracia” que, a bem da verdade, já passou da época de ser superado.”

Carolina Rahal

Ser mulher, advogada, criminalista e operadora do direito é ser instrumento de mudança diária na construção de um mundo mais justo, por meio da demonstração de que as minorias, cada vez, mais estão conquistando o seu espaço no cenário jurídico nacional.

Fernanda Matuck

Parabéns mulheres pelo seu dia!

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